HEF orienta sobre cuidados em meio às queimadas em Goiás

Com o aumento de 70% nos incêndios em 2024, a unidade reforça a necessidade de cuidados preventivas com a saúde respiratória


Hospital Estadual de Formosa (HEF) orienta população do estado de Goiás com as queimadas, unidade gerida pelo Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (IMED)

Fumaça resultante de queimadas em Goiás agrava problemas respiratórios durante a primavera. (Foto: Divulgação)

 

Com a chegada da primavera, o Hospital Estadual de Formosa (HEF), unidade do governo de Goiás, faz um alerta para os cuidados essenciais com a saúde durante esta estação, especialmente em razão das mudanças climáticas e das frequentes queimadas em Goiás, reforçando a necessidade de atenção redobrada por parte da população.

Segundo dados do Programa de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e do Corpo de Bombeiros Militar (CBM), as ocorrências de incêndios florestais em Goiás aumentaram cerca de 70% em 2024 em comparação com o mesmo período de 2023. Entre janeiro e maio de 2024, foram registrados 810 incêndios florestais no estado, um aumento de mais de 28% em relação aos 630 registrados no mesmo período do ano anterior. Esse número continuou a crescer, especialmente com a chegada da primavera. Em agosto de 2024, Goiás registrou 974 incêndios florestais até o dia 25, o que representa quase o dobro das 488 ocorrências do mesmo mês em 2023.

Para o coordenador do Pronto-Socorro do HEF, Dr. Wanderson Santana de Almeida, esses incêndios, aliados ao clima seco típico da estação, têm contribuído para o crescimento dos casos de doenças respiratórias. "Com a chegada da primavera e o aumento dos incêndios, devemos ter atenção redobrada principalmente para os grupos de risco, que incluem idosos, gestantes, crianças e pessoas com doenças respiratórias, como asma e DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica). Os incêndios e queimadas que têm ocorrido em Goiás e em vários outros estados do país geram uma fumaça tóxica que prejudica a saúde respiratória”.

Ele ainda explica que essa fumaça está repleta de partículas minúsculas de substâncias nocivas que, ao serem inaladas, podem causar uma variedade de sintomas, dependendo do tipo de material contido na fumaça, da quantidade e do tempo de exposição. “Esses sintomas podem variar desde irritação na garganta, olhos e narinas, alergias na pele, até sintomas respiratórios mais graves, como tosse e falta de ar", alerta o coordenador do PS do HEF.


Cuidados preventivos

Para minimizar os riscos à saúde, é fundamental adotar medidas preventivas, como manter uma boa hidratação e beber bastante água para ajudar a manter as vias respiratórias hidratadas e a eliminar toxinas. Em dias de maior concentração de fumaça, o uso de máscaras é recomendável para reduzir a inalação de partículas nocivas. Também é importante evitar atividades ao ar livre, especialmente nos horários de pico de calor e maior presença de fumaça.

Para Dr. Wanderson Santana de Almeida, a adoção de algumas medidas de prevenção é essencial. "Permanecer em ambientes ventilados, com ar-condicionado ou purificadores de ar, também é importante. O uso de máscaras, como as do tipo cirúrgico, pano ou lenço, pode reduzir a exposição a partículas grossas, enquanto máscaras como N95, PFF2 ou P100 são mais eficazes para partículas finas. Em caso de sintomas respiratórios graves, buscar avaliação médica é crucial", reforça Wanderson.

Além das medidas preventivas mencionadas, é importante destacar que, em caso de sintomas mais graves, como sangramento nasal, tosse persistente ou dificuldade para respirar, a orientação é buscar atendimento médico imediato. Estes sinais podem indicar uma irritação intensa das vias aéreas ou até mesmo o agravamento de condições preexistentes.

 

Assessoria de comunicação do HEF

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