Em 2023, Goiás bateu recorde histórico de doadores de órgãos e o HCN desempenha papel fundamental na promoção da doação de órgãos e no salvamento de vidas
O Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN) realizou nesta quarta-feira (06/12) a décima segunda captação de órgãos. Somente em 2023 já foram seis captações de órgãos e é a segunda em menos de 15 dias. O procedimento complexo de captação de rins, baço e córneas durou aproximadamente cinco horas e teve o apoio da Central Estadual de Transplantes (CET), que foi transportada de Goiânia para Uruaçu com avião do Serviço Aéreo do Estado de Goiás (SAEG). A doadora era uma mulher de 21 anos que sofreu um acidente automobilístico.
A unidade do Governo de Goiás, em Uruaçu, com administração do Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimentos (Imed), se tornou um grande aliado dessa causa, instruindo e estimulando familiares e pacientes sobre a importância de ser um doador. Apesar da difícil decisão e da dor da perda, as famílias são abordadas e amparadas pela equipe multidisciplinar da comissão responsável, composta por profissionais do serviço social, psicólogos, equipe médica e de enfermagem, entre outros departamentos importantes para a efetivação da captação.
Com a autorização familiar concedida, os órgãos captados darão a chance de uma nova vida a outras pessoas que aguardam na fila do Sistema Nacional de Transplantes (SNT). Durante todo o processo, desde a chegada da paciente ao hospital até a realização do procedimento, a família teve apoio da equipe multidisciplinar e médica, incluindo psicólogos e assistentes sociais do HCN.
Segundo Katiuscia Freitas, gerente da Central Estadual de Transplantes, o progresso nos números alcançados pelo estado reflete a sensibilidade das famílias doadoras, somada aos investimentos em treinamentos e capacitações para a equipe. “A Central de Transplantes de Goiás continua dedicada a sensibilizar a população sobre a importância da doação de órgãos, ao mesmo tempo em que assegura uma logística eficiente para o sucesso desses procedimentos. Cada doação representa um passo em direção a um futuro mais promissor e saudável para aqueles que aguardam na fila de espera”, ressalta a gerente.
A coordenadora de enfermagem da UTI Adulto do HCN, Leide Vaniele Ribeiro Santos destaca que o gesto de familiares de um mesmo doador pode beneficiar várias pessoas. “Milhares de vidas são salvas graças à doação de órgãos. O transplante pode ser a única esperança de vida ou uma oportunidade de recomeço para as pessoas que precisam da doação, por isso é importante sempre falarmos sobre o tema e incentivarmos a doação”, ressalta Leide.
Fila de espera
O Brasil tem aproximadamente 58 mil pessoas na fila de espera por um transplante de órgão. Desses, 28 mil aguardam um rim e 19 mil esperam por uma córnea. Referência nesse tipo de procedimento, o Brasil é o segundo País do mundo em número de transplantes.
Após o diagnóstico de morte encefálica, a família é informada sobre a possibilidade e direito de doação, e somente após o consentimento familiar é que a doação é efetivada. Por isso, é importante anunciar para as pessoas mais próximas o desejo de ser um doador.
Doação de órgãos
Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em fila nacional única - a lista é a mesma tanto na rede pública quanto na privada, definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada estado e controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes. Quem irá recebê-los depende de diversos fatores, tais como compatibilidade, idade, doenças associadas e grau de urgência, conforme avaliação da equipe cirúrgica e sempre com o conhecimento do receptor.
No Brasil, para ser doador não é necessário deixar nada por escrito, em nenhum documento. Muitas pessoas acham que é preciso registrar a opção de doador de órgãos em qualquer documento pessoal, mas isso não é mais necessário. Basta conversar com sua família sobre seu desejo de ser doador.
Assessoria de Comunicação IMED