A competitividade é algo característico do ser humano. A arte de apostar já era um costume dos povos primitivos e tudo era motivo para promover disputas. Na pré-história, os jogos com dados se tornaram um dos mais populares na antiguidade, dando origem a milhares de jogos de tabuleiro e que até hoje são fabricados e jogados, sendo descobertos em escavações realizadas na Índia, onde foram encontrados objetos com mais de 2 mil anos A.C., dando indícios de que o dado foi inventado no Oriente.
Esse tipo de jogo se globalizou e durante o Império Romano, os italianos jogavam dados por dinheiro. Haviam, inclusive, leis especiais em Roma, como a não punição caso o jogador permitisse o jogo dentro da sua própria casa, mesmo que tivesse irregularidades. Já os alemães, passavam dos limites e eram viciados ao ponto de apostar a própria liberdade.
Já no século XII, os chineses criaram o baralho – para não ficarem de fora da brincadeira (jamais!). Mas por questões religiosas em algumas regiões, os apostadores poderiam ser presos caso jogassem.
Durante o período do Renascimento, foi estudado pela primeira vez o risco real sobre o descontrole das apostas, nascendo assim, a Teoria das Probabilidades, que é a base da gestão de riscos em jogos, sendo hoje utilizada tanto pelas casas de apostas como por apostadores em nível profissional.
Segundo alguns historiadores, foram os europeus quem trouxeram os jogos de apostas para o Brasil no século XVI, como os jogos de cartas, dados, entre outros. E então, no século XVII é que as primeiras casas de apostas surgem, fazendo um grande e estrondoso sucesso, tendo a criação da corrida de cavalos como um dos jogos mais promissores, se tornando o entretenimento preferido da elite na época. Já em 1917, o governo cria então a primeira loteria nacional, a Loteria Federal que se tornou em pouco tempo um fenômeno e segue até os dias de hoje.
As idas e vindas das apostas no Brasil: Em 1917, o então governo da época, Venceslau Brás proibiu a prática de jogos de azar e a criação de casas de apostas no país. Mas isso não deteve o sucesso das apostas esportivas que passaram a se desenvolver ainda mais de forma clandestina.
Foi quando em 1934, o então presidente Getúlio Vargas tornou legal a prática de apostas no Brasil, como os jogos de azar por exemplo, iniciando a famosa, “Era de
Ouro” das apostas esportivas, gerando altas no turismo e na economia no país. Se tornando então, um grande meio de entretenimento, operando junto com grandes espetáculos e jantares que arrastavam multidões.
Um ano após o fim da Era Vargas, em 1946, o então presidente Eurico Gaspar Dutra por meio de decreto, proibiu a prática ou exploração de jogos de azar, bem como as apostas, em todo o território nacional, impactando negativamente a economia no país.
Já no século XXI, o surgimento das tecnologias interativas provocou uma revolução na indústria das apostas esportivas. De acordo com uma publicação do UOL, o site de apostas que atendia por Intertops é o mais antigo do mundo, e foi em 17 de janeiro de 1996 que um finlandês fez a primeira aposta online, no valor de US$ 50.
A partir daí, surgiram algumas plataformas online no mundo. Porém, as apostas esportivas se popularizaram a partir de 2018, e muitas casas esportivas nasceram e estão em operação no Brasil, onde as empresas encontraram uma demanda apaixonada por jogos online e, principalmente, loucos por futebol.
O Brasil conta com aproximadamente 450 plataformas de casas esportivas em operação no Brasil, que visam oferecer entretenimento e momentos de lazer para seus frequentadores, além de claro, aquela pitada de sorte quando aposta no time do coração. Após a regulamentação prevista para entrar em vigor até o final do ano, os operadores que continuarem atuando no país deverão garantir a integridade, segurança e legitimidade das apostas esportivas em suas plataformas.
*Luis Traversa é COO do Betmotion