Le Pen reconheceu a derrota pouco depois da divulgação das projeções de boca de urna
Foto: Facebook Emmanuel Macron.
O presidente Emmanuel Macron foi reeleito na França neste domingo, 24. Apesar da baixa participação, o centrista obteve 58,6% dos votos, contra 41,4% de sua rival, Marine Le Pen, de extrema direita. Le Pen reconheceu a derrota pouco depois da divulgação das projeções de boca de urna e Macron celebrou a vitória, em escala menor que em 2017, quando chegou ao Palácio do Eliseu.
Macron fez um breve discurso a apoiadores no Champ de Mars, em Paris, na noite deste domingo. O presidente afirmou saber que nem todos que votaram nele o fizeram pela sua plataforma, mas sim para evitar que a extrema direita assumisse o poder. Parecendo emocionado, ele reconheceu sua responsabilidade frente aos seus apoiadores, aos que se abstiveram e aos eleitores de Le Pen -- reprimindo vaias após pronunciar o nome da opositora. "A partir desta noite, não sou o líder de um campo, mas o presidente de todos", disse.
Ele também afirmou que o novo mandato não será uma mera continuação de seu primeiro governo, prometendo um novo método de governança para os próximos cinco anos.
Avanço do extremismo
Embora os levantamentos indiquem sua derrota, Le Pen saudou os resultados -- os melhores obtidos pela extrema direita francesa na história -- como "uma vitória brilhante". "Vou continuar meu compromisso com a França e os franceses. Vou lutar esta batalha", declarou.
Se a previsão se confirmar, Macron terá conquistado mais votos do que o esperado -- pesquisas de opinião mais recentes davam ao centrista entre 53% e 55,5% dos votos. Os números da boca de urna indicam que, apesar da derrota, Le Pen conquistaria mais votos do que em 2017, quando obteve 33,9%, contra o mesmo rival.
O segundo turno das eleições, realizado neste domingo, foi marcado por uma alta taxa de abstenção. Embora quase 49 milhões de franceses estivessem aptos a votar, 28% se absteve, um aumento de 2,5% em relação ao número registrado em 2017.
Apesar da vitória significativa, Macron não está a salvo de turbulências, já que muitos eleitores, principalmente de esquerda, votaram nele com relutância, apenas para impedir a vitória da extrema direita. "Haverá continuidade na política do governo porque o presidente foi reeleito. Mas também ouvimos a mensagem do povo francês", disse o ministro da Saúde, Olivier Veran, à BFM TV.
As eleições parlamentares de junho serão o primeiro grande desafio interno de Macron. Partidos à esquerda e à direita do presidente tentarão eleger um parlamento de oposição.
Macron se junta a um pequeno clube -- apenas dois presidentes franceses antes dele conseguiram garantir um segundo mandato. Mas sua margem de vitória destaca quantos franceses não estão convencidos de seu primeiro mandato.
A vitória de Macron distancia a França do projeto de ruptura de Le Pen, que defendia a exclusão de estrangeiros da assistência social e a saída do país do comando integrado da Otan.
Os resultados também são um alívio para a União Europeia, duramente criticada por Le Pen. "Podemos contar com a França por mais cinco anos", disse o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, no Twitter, enquanto a chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, escreveu: "Estou muito feliz por poder continuar nossa excelente cooperação".
A reeleição de Macron ocorre em um cenário de descontentamento entre os jovens e entre os eleitores desiludidos do esquerdista Jean-Luc Mélenchon, que levou quase 22% dos votos no primeiro turno.
O presidente Emmanuel Macron foi reeleito na França neste domingo, 24. Apesar da baixa participação, o centrista obteve 58,6% dos votos, contra 41,4% de sua rival, Marine Le Pen, de extrema direita. Le Pen reconheceu a derrota pouco depois da divulgação das projeções de boca de urna e Macron celebrou a vitória, em escala menor que em 2017, quando chegou ao Palácio do Eliseu.
Macron fez um breve discurso a apoiadores no Champ de Mars, em Paris, na noite deste domingo. O presidente afirmou saber que nem todos que votaram nele o fizeram pela sua plataforma, mas sim para evitar que a extrema direita assumisse o poder. Parecendo emocionado, ele reconheceu sua responsabilidade frente aos seus apoiadores, aos que se abstiveram e aos eleitores de Le Pen -- reprimindo vaias após pronunciar o nome da opositora. "A partir desta noite, não sou o líder de um campo, mas o presidente de todos", disse.
Ele também afirmou que o novo mandato não será uma mera continuação de seu primeiro governo, prometendo um novo método de governança para os próximos cinco anos.
Avanço do extremismo
Embora os levantamentos indiquem sua derrota, Le Pen saudou os resultados -- os melhores obtidos pela extrema direita francesa na história -- como "uma vitória brilhante". "Vou continuar meu compromisso com a França e os franceses. Vou lutar esta batalha", declarou.
Se a previsão se confirmar, Macron terá conquistado mais votos do que o esperado -- pesquisas de opinião mais recentes davam ao centrista entre 53% e 55,5% dos votos. Os números da boca de urna indicam que, apesar da derrota, Le Pen conquistaria mais votos do que em 2017, quando obteve 33,9%, contra o mesmo rival.
O segundo turno das eleições, realizado neste domingo, foi marcado por uma alta taxa de abstenção. Embora quase 49 milhões de franceses estivessem aptos a votar, 28% se absteve, um aumento de 2,5% em relação ao número registrado em 2017.
Apesar da vitória significativa, Macron não está a salvo de turbulências, já que muitos eleitores, principalmente de esquerda, votaram nele com relutância, apenas para impedir a vitória da extrema direita. "Haverá continuidade na política do governo porque o presidente foi reeleito. Mas também ouvimos a mensagem do povo francês", disse o ministro da Saúde, Olivier Veran, à BFM TV.
As eleições parlamentares de junho serão o primeiro grande desafio interno de Macron. Partidos à esquerda e à direita do presidente tentarão eleger um parlamento de oposição.
Macron se junta a um pequeno clube -- apenas dois presidentes franceses antes dele conseguiram garantir um segundo mandato. Mas sua margem de vitória destaca quantos franceses não estão convencidos de seu primeiro mandato.
A vitória de Macron distancia a França do projeto de ruptura de Le Pen, que defendia a exclusão de estrangeiros da assistência social e a saída do país do comando integrado da Otan.
Os resultados também são um alívio para a União Europeia, duramente criticada por Le Pen. "Podemos contar com a França por mais cinco anos", disse o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, no Twitter, enquanto a chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, escreveu: "Estou muito feliz por poder continuar nossa excelente cooperação".
A reeleição de Macron ocorre em um cenário de descontentamento entre os jovens e entre os eleitores desiludidos do esquerdista Jean-Luc Mélenchon, que levou quase 22% dos votos no primeiro turno.
Por Estadão Conteúdo.