Circuito Candango de Skate reuniu seis mil pessoas em três etapas

Com apoio da Secretaria de Esporte e Lazer, o evento teve competição, apresentações musicais e oficinas. A última edição comemorou o aniversário de Brasília




“Para a gente é maravilhoso poder fomentar uma modalidade dessa. A Secretaria de Esporte tem buscado mais parcerias nesse sentido. Temos o plano de instalar estações de skate em várias cidades do Distrito Federal. Temos certeza de que o DF vai ser um grande celeiro de skatistas para o mundo inteiro”Jackeline Domingues Aguiar, secretária executiva de Políticas do Esporte

Por ser plana, com muitas escadas e corrimões nas quadras e nos setores, Brasília nasceu propícia para a prática de skate. Essa característica pode ter sido uma das influências para que se tornasse referência no esporte ainda nos anos 1980. No aniversário de 62 anos da cidade, a modalidade invadiu a programação comemorativa com a realização da terceira etapa do Circuito Candango de Skate, que ocorreu entre 23 e 24 de abril, na pista de skate do Deck Sul, com competições esportivas, as apresentações musicais de DJs e as oficinas.

“A gente já vinha pensando nesse circuito, mas só conseguimos realizar agora. Unimos todos os skatistas aqui de Brasília, o pessoal da velha guarda. Conseguimos compor o corpo de juízes com aqueles da Confederação Brasileira de Skate. Formatamos três etapas”, contou o coordenador-geral do Circuito Candango de Skate, Chiquinho Peçanha.| Fotos: Renato Araújo/Agência Brasília

A primeira etapa ocorreu em Ceilândia nos dias 19 e 20 de março, na Skate Park do P Sul, enquanto a segunda foi em 9 e 10 de abril na Candangolândia, com a inauguração da Pista Parque do Bosque. Cerca de seis mil pessoas estiveram nas três etapas do circuito encerrado neste fim de semana. O evento foi realizado com apoio da Secretaria de Esporte e Lazer, por meio de termo de fomento, com recursos de emenda parlamentar do deputado Claudio Abrantes.

“Para a gente é maravilhoso poder fomentar uma modalidade dessa. A Secretaria de Esporte tem buscado mais parcerias nesse sentido. Temos o plano de instalar estações de skate em várias cidades do Distrito Federal. Temos certeza de que o DF vai ser um grande celeiro de skatistas para o mundo inteiro”, defendeu a secretária executiva de Políticas do Esporte, Jackeline Domingues Aguiar.

Cenário do skate
“Comecei a andar de skate há três anos por conta do meu irmão. Mas nunca imaginava que ia competir, era um passatempo. Meu primeiro campeonato foi em 2019 e fiquei em terceiro lugar. Desde lá tenho evoluído. Ando de skate todos os dias, procuro fazer exercícios de fortalecimento”Kamilla Silva, skatista (14)

Skatista profissional de Brasília, Nego Bala foi um dos homenageados do circuito. Dos 45 anos de idade, 34 foram dedicados ao esporte. Ser lembrado no evento o emocionou. “É a realização de um sonho, que era meu e hoje é dessa criançada. Na minha época só tinha uma pista de skate no Cruzeiro com rampas de madeira e circuitos improvisados. Eventos como esse mostram que meu esforço não foi em vão”, disse.

Com vasta experiência no cenário, ele comemora a realização do Circuito Candango de Skate. ”Brasília tem potencial. É um dos melhores picos do Brasil para skate, está no ranking nacional. Eventos assim fomentam o skate e trazem reconhecimento”, completou.

Quem também marcou presença no evento foi o skatista Vinicios Sardi, que, aos 26 anos, atua há 11 anos como paratleta da modalidade. “Eu vim prestigiar o evento, fazer uma demonstração com o intuito de divulgar o paraskate para as pessoas que não conhecem poderem ver que as pessoas com deficiência física também praticam esportes radicais”, afirmou.


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A jovem Kamilla Silva, 14 anos, foi uma das mais de 200 atletas inscritas na terceira etapa do circuito. Após ficar na primeira e na terceira colocação nas etapas anteriores, ela voltou ao pódio. Primeira colocada na categoria feminino, ela treinou na pista de skate da Quadra 9 do Paranoá. “Comecei a andar de skate há três anos por conta do meu irmão. Mas nunca imaginava que ia competir, era um passatempo. Meu primeiro campeonato foi em 2019 e fiquei em terceiro lugar. Desde lá tenho evoluído. Ando de skate todos os dias, procuro fazer exercícios de fortalecimento”, explicou.

O sonho da menina é seguir no esporte que, em março deste ano, foi reconhecido como profissão pelo Ministério do Trabalho. “Quero ser atleta de skate e poder representar meu país nos campeonatos”, completou. A mãe Gersoneide Sousa Silva era só orgulho. “Sempre a apoiei, acho muito importante ela estar no esporte”, disse.

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