Senador goiano foi relator da Medida Provisória 936, aprovada no Senado, que mantém a desoneração de 17 setores da economia
Foto: Renato de Oliveira.
Durante o encontro empresarial on-line "Novas formas de relação do emprego no Brasil", realizado nesta sexta-feira (14), pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), o senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO) voltou a defender a desoneração da folha de pagamento como uma forma eficiente de preservar empregos e gerar novos postos de trabalho no pós-pandemia. O senador foi relator da MP 936, no Senado Federal, que permitiu redução de salários e jornada de trabalho e suspensão de contratos durante a pandemia de covid-19, com o governo federal complementando o salário do trabalhador, com objetivo principal de preservar empregos.
Vanderlan sempre foi defensor ativo da desoneração da folha e trabalhou para que a medida fosse mantida. “Em todas as reuniões que tive com o ministro Paulo Guedes ele tem dito que não vai aumentar impostos. Por isso considero que será um grande prejuízo para o Brasil se mantermos o veto na desoneração da folha. Isso seria um grande entrave para a retomada da economia, onerando o consumidor e diminuindo a geração de emprego e renda. Toda economia poderia perder com isso, em cascata iria atingir a população, setores econômicos e o próprio Governo”, explicou o senador.
O tema foi largamente debatido durante a reunião virtual que teve a presença, ainda, do presidente da FIEMG, Flávio Roscoe, do consultor em relações do trabalho e recursos humanos, José Patores, e do deputado federal, Christino Áureo.
Em consonância com o senador Vanderlan, a FIEMG também defendeu a desoneração total da folha salarial de 17 setores, que empregam cerca de 6 milhões de trabalhadores, além da manutenção da vigência até 2021. "Temos que arrumar fontes de arrecadação mais eficientes e menos perversas. Onerar o trabalho é onerar a competitividade do Brasil", disse o presidente da Federação, Flávio Roscoe.
Vanderlan finalizou afirmando que o momento exige cautela, pois a crise econômica gerada em decorrência do enfrentamento ao novo coronavírus é delicada e as medidas adotadas neste momento farão total diferença para sair da crise mais rapidamente. “Estamos saindo de uma pandemia e estamos trabalhando para que possamos nos recuperar mais rápidos do que outros países. Decididamente, não é momento de ter carga extra de tributos nas costas do gerador de emprego e renda”, ponderou o senador.